Azulejos


TILES OF LISBON
AZULEJOS DE LISBOA


The tiles of Lisbon are all over the place! Up and down the hills, through all the streets, squares, alleys and sidewalks. They are of all colors and shades, greens, browns, yellows, oranges, but especially blues, and with the most varied patterns, which are mixed in circles, flowers, squares, lozenges, stars or crosses, and are repeated and multiply geometrically, in an endless artistic composition, of great visual impact, resulting from the colors and scintillation of ceramic materials, transforming and illuminating the magical architecture of the city.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua da Madalena, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua do Barão, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Os azulejos de Lisboa estão por todo o lado! Subindo e descendo as colinas, por todas as ruas, praças, becos e calçadas. São de todas as cores e tonalidades, desde os verdes, castanhos, amarelos, laranjas, mas sobretudo os azuis, e com os mais variados padrões, que se misturam em círculos, flores, quadrados, losangos, estrelas ou cruzes, e se repetem e multiplicam geometricamente, numa infindável composição artística, de grande impacto visual, resultante das cores e da cintilação dos materiais cerâmicos, e que transformam e iluminam a arquitetura mágica da cidade.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua do Barão, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


It was always like this, from the 15th century, when they began to arrive from Seville and Toledo, in Spain, to the taste of Hispano-Moorish, also known as "Mudéjar" tiles.


Azulejos Enxaquetados/ Chequered tiles, séculos XVI-XVII/ 16th-17th centuries, Spain, museu do Teatro Romano, Lisbon. Photo: @foartista.


Azulejos Enxaquetados/ Chequered tiles, inícios do século XVII/ earlier 17th century, Porto, museu do Azulejo, Lisbon. Photo: @foartista.


Foi sempre assim, desde o século XV, quando começaram a chegar de Sevilha e Toledo, em Espanha, ao gosto hispano-mourisco, também conhecidos como azulejos “mudéjares”.


Azulejos de padrão Ponta de Diamante/ Diamond tip pattern tiles, século XVII/ 17th century, rua Capelo, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Ancient tiles, 17th-18th centuries/ Azulejos antigos, séculos XVII-XVIII, miradouro de Santa Luzia, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua dos Douradores, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


In the following centuries, they were mass-produced, acquiring a very Portuguese taste and aesthetics, covering both the exteriors and the interiors of palaces, mansions, buildings, houses of rich and poor, churches, monasteries, shops and markets, forming part of an already very old day-to-day life. 


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua Marechal Saldanha, Misericórdia, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, avenida Almirante Reis, Arroios, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua dos Douradores, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Nos séculos seguintes, fabricaram-se em massa, adquirindo um gosto e uma estética muito portuguesa, cobrindo tanto os exteriores como os interiores de palácios, palacetes, prédios, casas de ricos e pobres, igrejas, mosteiros, lojas e mercados, fazendo parte de um quotidiano já muito antigo. 


Single Figure tiles, 17th-18th centuries/ Azulejos de Figura Avulsa, séculos XVII-XVIII, miradouro de Santa Luzia, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Ancient Tiles, 18th century/ Azulejos antigos, século XVIII, rua dos Douradores, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Ancient Tiles, 18th century/ Azulejos antigos, século XVIII, calçadinha de São Miguel, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


The tile becomes an identity art, not only of the city, but also of the whole country.


Single Figure tiles, 17th-18th centuries/ Azulejos de Figura Avulsa, séculos XVII-XVIII, miradouro de Santa Luzia, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


O azulejo torna-se assim, uma arte identitária, não só da cidade, como de todo o país. 


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua dos Bacalhoeiros, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua dos Arameiros, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


The Portuguese name “azulejo" (“tile” in English language) originates from the Arabic word "azzelij" or "al zuleycha", which means "small polished stone" and it designates a ceramic piece, usually square, on which one face is glazed.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua dos Douradores, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


O nome “azulejo”tem origem na palavra árabe, “azzelij”ou “al zuleycha”, que significa “pequena pedra polida” e designa uma peça cerâmica, geralmente quadrada, em que uma das faces é vidrada. 


Pombaline tiles, 18th century/ Azulejos pombalinos, século XVIII, rua Escola Politécnica, Santo António, Lisbon. Photo: @foartista.


For the rapid reconstruction of the city, after the earthquake of 1755, the tiles were profusely used for urban hygiene and to disguise the decorative simplicity of the Pombaline buildings. 


Single Figure tiles, 17th-18th centuries/ Azulejos de Figura Avulsa, séculos XVII-XVIII, palácio Azurara, largo das Portas do Sol, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Para a reconstrução rápida da cidade, após o terramoto de 1755, os azulejos foram profusamente usados, quer por questões de higiene urbana, quer para disfarçar a simplicidade decorativa dos prédios pombalinos. 


Pombaline tiles, 18th century/ Azulejos pombalinos, século XVIII, igreja da Madalena, largo da Madalena, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


With the rise of the bourgeoisie, in the nineteenth century and the increase of new ceramic factories, such as the famous Viúva Lamego factory, the use of tile in the lining of buildings and public spaces was further multiplied by combining colors and varied designs, romantic inspiration, evolving at the beginning of the 20th century, to an aesthetics closer to the Art Nouveau, or alternatively, to a more nationalistic and traditional production. 


Pattern Tiles, 19th century/ Azulejos de padrão, século XIX, rua dos Fanqueiros, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Ancient tiles, 19th century/ Azulejos antigos, século XIX, largo do Intendente Pina Manique, Arroios, Lisbon. Photo: @foartista.


Com a ascensão da burguesia, no século XIX, e o incremento de novas fábricas de cerâmica, como por exemplo, a famosa fábrica Viúva Lamego, multiplicou-se ainda mais o uso do azulejo no revestimento dos prédios e espaços públicos, combinando cores e desenhos variados, de inspiração romântica, evoluindo nos inícios do século XX, para uma estética mais próxima da Arte Nova, ou por alternativa, para uma produção mais nacionalista e tradicional. 


Ancient tiles/ Azulejos antigos, rua da Escola Politécnica, Santo António, Lisbon. Photo: @foartista.


Ancient tiles/ Azulejos antigos, rua Nova do Desterro, Arroios, Lisbon. Photo: @foartista.


Ancient tiles/ Azulejos antigos, largo de São Mamede, Santo António, Lisbon. Photo: @foartista.


From the second half of twentieth, we will see the evolution of a more refined and geometric design, with a more graphic than volumetric essence, which will progressively accompany the new modernist tendencies of international architecture. 


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua do Paraíso, São Vicente, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua dos Correeiros, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua do Salvador, Alfama, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


A partir da segunda metade de novecentos, iremos assistir à evolução de um desenho mais depurado e geométrico, com uma essência mais gráfica do que volumétrica, que irá acompanhar progressivamente, as novas tendências modernistas da arquitetura internacional. 


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua Vítor Cordon, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua das Escolas Gerais, Alfama, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Throughout time and up to the present day, Portugal has maintained a strong tradition in the production of tiles, covering itself literally with them, giving them the most varied uses and applications, which sometimes exceed their original function, projecting to other levels, but always in a deep, elaborate and creative way, characterized by artistic freedom, which helped to shape a very Portuguese taste, both in the art of the tile, and in the arts in general.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua das Escolas Gerais, Alfama, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua das Escolas Gerais, Alfama, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, travessa do Arco de Jesus, Alfama, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Ao longo do tempo e até aos dias de hoje, Portugal manteve uma forte tradição na produção de azulejos, revestindo-se literalmente com eles, dando-lhes os mais variados usos e aplicações, que ultrapassam, por vezes, a sua função original, projetando-os para outros patamares, mas sempre de uma forma profunda, elaborada e criativa, caracterizada pela liberdade artística, que ajudaram a moldar um gosto bem português, tanto na arte do azulejo, como nas artes em geral.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, travessa do Açougue, Alfama, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, largo da Graça, São Vicente, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, largo de São Cristóvão, Mouraria, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Pattern Tiles/ Azulejos de padrão, rua do Barão, Alfama, Santa Maria Maior, Lisbon. Photo: @foartista.


Text and photos/ texto e fotos: @foartista.
All rights reserved/ Todos os direitos reservados.

Comments

Popular Posts